Advogado se acorrenta em frente à ONU no DF e alega perseguição da Marinha

O advogado Adriano Carvalho da Rocha se acorrentou, nesta terça-feira (24), na entrada da sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Brasília. Em uma placa, o advogado afirmou que "corre risco de ser assassinado".

Rocha é o mesmo advogado que foi preso em janeiro deste ano, após gravar vídeos dentro do 1º Distrito Naval da Marinha, no Rio de Janeiro, local onde o uso de celular é proibido. Após obter liberdade provisória, ele passou a relatar perseguição por parte da Marinha e afirmou temer pela própria vida. Segundo Rocha, o protesto em frente à ONU tem como objetivo conseguir uma audiência com o ministro da Defesa, José Múcio.

A seccional da OAB do Rio de Janeiro declarou, em nota ao Migalhas, que "não compactua com esse tipo de iniciativa" e ressaltou que "os requerimentos da advocacia devem ser formulados na forma da legislação".

Prisão em Janeiro

Em janeiro, Adriano Rocha foi detido pela Marinha sob a acusação de violar normas que proíbem o uso de celular e a realização de filmagens dentro de instalações militares. O advogado foi solto 24 horas depois, por decisão da Justiça Militar. Na audiência de custódia, o juiz Claudio Amin Miguel, da 3ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar do Rio de Janeiro, concedeu liberdade provisória sem imposição de medidas cautelares, levando em consideração que Rocha não possuía antecedentes criminais e apresentava residência e trabalho fixos.

Após o episódio, a Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ passou a atuar em defesa do advogado.

As informações foram extraídas do Site amodireito.com.br