Após anos de espera, administrativos da educação de Aparecida de Goiânia paralisam por retroativo de 2015

Administrativos da educação paralisam atividades por três dias em reivindicação ao pagamento do retroativo de 2015, os trabalhadores reconhecem a recente valorização salarial da categoria, mas argumentam que essa conquista não deve ser usada como justificativa para negar o pagamento do retroativo.

Após anos de espera, administrativos da educação de Aparecida de Goiânia paralisam por retroativo de 2015
Eliete Araújo de Freitas Ferreira, agente educativa em Aparecida de Goiânia, juntamente com outros profissionais, participa de reunião com o secretário de finanças da cidade para apresentar reivindicações da comissão do administrativo.
Após anos de espera, administrativos da educação de Aparecida de Goiânia paralisam por retroativo de 2015

Aparecida de Goiânia, 19 de fevereiro de 2024 – A categoria dos administrativos da educação de Aparecida de Goiânia inicia nesta terça-feira (20) uma paralisação de três dias em reivindicação ao pagamento do retroativo de 2015. A decisão foi tomada após a Prefeitura apresentar uma proposta de valor considerada insuficiente pelos trabalhadores.

Em 2015, os administrativos da educação não receberam o aumento salarial previsto para a data-base. Em 2023, a justiça reconheceu o direito da categoria ao reajuste, estabelecendo o percentual de 3,5%.

Sindicato e Prefeitura divergem sobre valor do retroativo

Após acordo homologado em juízo em novembro de 2023, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia se comprometeu a apresentar os cálculos individualizados do retroativo em até 30 dias. No entanto, no dia 25 de janeiro de 2024, a administração municipal propôs o pagamento de R$ 2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais) sem fornecer os cálculos detalhados.

O SINTEGO, sindicato que representa a categoria, discordou do valor e, em assembleia geral realizada no dia 31 de janeiro, os trabalhadores decidiram por unanimidade pela paralisação.

Prefeitura apresenta planilha sem cálculos individualizados

Em uma nova tentativa de acordo, a Prefeitura apresentou no dia 5 de fevereiro uma planilha com os nomes e valores do retroativo, sem os cálculos individualizados, totalizando R$ 2.812.502,54 (dois milhões, oitocentos e doze mil, quinhentos e dois reais e cinquenta e quatro centavos). Novamente, o SINTEGO recusou a proposta por considerar o valor insuficiente.

SINTEGO apresenta cálculos próprios e Justiça intima Prefeitura

Diante da recusa da Prefeitura em apresentar os cálculos individualizados, o SINTEGO contratou um contador para realizar a estimativa do valor total do retroativo. O cálculo chegou a R$ 14.537.361,41 (quatorze milhões, quinhentos e trinta e sete mil, trezentos e sessenta e um reais e quarenta e um centavos), quantia cinco vezes maior do que a proposta pela administração municipal.

No dia 2 de fevereiro, o SINTEGO protocolou no processo os seus cálculos e os da Prefeitura, solicitando à Justiça que intime o município a se manifestar sobre a discrepância entre os valores.

Em decisão proferida no dia 8 de fevereiro, a juíza Dra. Vanessa Estrela Gertrudes determinou a intimação da Prefeitura de Aparecida de Goiânia para que apresente seus cálculos de forma individualizada no prazo de 30 dias.

Sindicato reforça compromisso com a categoria e reivindica negociação justa

O SINTEGO reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores e informa que não aceitará negociar valores até que a Prefeitura apresente os seus cálculos de forma individualizada e transparente.

Em meio à paralisação, trabalhadores reivindicam reconhecimento e valorização

Os administrativos da educação de Aparecida de Goiânia ressaltam que a luta pelo retroativo de 2015 se arrasta há anos. Apesar de reconhecerem a recente valorização salarial da categoria, com aumento previsto para maio, os trabalhadores argumentam que essa conquista não deve ser usada como justificativa para negar o pagamento do retroativo, que consideram um direito legítimo.

A paralisação, que se estenderá até quinta-feira (21), visa pressionar a Prefeitura a apresentar uma proposta justa e transparente para o pagamento do retroativo. Os trabalhadores esperam que a negociação seja retomada e que um acordo seja firmado o mais breve possível.

Acompanhe o desenrolar da situação

O SINTEGO manterá a categoria informada sobre o andamento das negociações com a Prefeitura. Para mais informações, os trabalhadores podem acessar o site do sindicato ou entrar em contato com a sede da entidade.

Informações adicionais:

Data da paralisação: 20 a 22 de fevereiro de 2024

Motivo da paralisação: Reivindicação do pagamento do retroativo de 2015